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Este é, infelizmente, mais um capítulo fraco do Mentalista. As entrevistas com os assassinos e os métodos que Jane usam são bem fracos e pouco têm a acrescentar do ponto de vista do mentalismo. Por conta disso, vou aproveitar o post para publicar uma lista que fiz com fatos conhecidos sobre Red John.
Algumas regras que segui para fazer a lista:
1) O objetivo é juntar apenas fatos, mas nada de intuições, chutes ou hipóteses sem fundamento, como se tem visto por aí.
2) Se você tiver algum fato a acrescentar, pode me escrever e eu atualizarei a lista. Mas me mande sempre como você chegou à conclusão ou fato enviado. Coisas sem pé nem cabeça não serão consideradas.
3) Tentei organizar a lista em ordem lógica e não em ordem de capítulos.
- RJ é um homem. Rosalind era sua namorada, a secretária do Bosco se apaixona por ele, etc.
- RJ é amigo de um amigo de Jared Renfrew (Episódio 11 da Primeira Temporada). Jared Renfrew, por sua vez, foi preso e dividiu uma cela em Lompoc com um homem chamado Orval Tanner. Em seu julgamento de 1998, Tanner disse que não tinha matado ninguém, mas que ele era só um cúmplice de RJ. Uma autópsia confirma a história de Tanner, segundo Van Pelt (Episódio 11 da Primeira Temporada)
- Red John tem acesso à rede segura do Departamento de Justiça e espiona o CBI. (Episódio 11 da Primeira Temporada)
- Há um registro de conversa entre um certo Dr. Joe de New Hampshire, sendo que as letras do nome e da cidade (D-R-J-O-E-N-H) são um anagrama de Red John. (Episódio 11 da Primeira Temporada)
- Ainda no episódio 11 da Primeira Temporada, por volta dos 21 min 30 seg é possível ver através do reflexo que quem fala com Jane pelo computador é um homem. Se for o RJ, RJ é homem, como já foi dito. Repare que a tela de Van Pelt é preta e a do homem é azul, portanto, isso exclui algumas teorias que dizem que o reflexo é de Jane ou de alguém no computador de Van Pelt.
- Pelo reflexo podemos ver que o homem tem um rosto envelhecido, com muitas rugas e olhos afundados. Além disso, ele está usando uma camisa social, de gola, de cor clara (talvez azul ou branca).
- Em um dos episódios, existe uma mensagem escrita com próprio sangue e ela é: “He is ma...”, seguida de uma terceira letra não identificada. É preciso dizer que esta terceira letra pode ser qualquer uma e não necessariamente um N ou R, como alguns presumem. Além disso, se a palavra seguinte fosse um substantivo, do tipo “man” (como muitos assumem), a frase deveria ter um “a”, ficando “He is a ma...”. Portanto, tudo leva a crer que a próxima palavra da frase seria um adjetivo. (Poderia ser um nome próprio, mas numa construção atípica do inglês. Nestes casos o mais comum seria “This is” ou “His name is”).
- RJ começou a matar as pessoas em 1998 ou antes disso.
- RJ tem conhecimento sobre perícia e ciência forense, pois jamais deixa rastros na cena do crime.
- RJ tem dinheiro, ou pelo menos muita influência, pois ele compra terrenos, aluga um avião para escrever no céu, constrói uma barraca, etc.
- RJ tem forte habilidade interpessoal, bem como carisma, técnicas de sedução, manipulação e até de lavagem cerebral (o que ele fez com Kristina Frye).
- RJ gosta de literatura.
- RJ gosta de beber chá.
- RJ gosta de piano, pois Rosalind confessa que RJ pedia para ela tocar música clássica para ele, especialmente Bach.
- RJ gosta de Bach (As Variações de Goldberg estavam tocando no local em que o corpo do agente Hicks foi encontrado).
- RJ é forte, pois ele ergue Patrick e a cadeira na qual ele estava amarrado sem muito esforço. Isso reforça a tese de que RJ provavelmente não é mulher.
- Se o que Rosalind, a mulher cega, diz é verdade, além de RJ ser um homem, ele tem cerca de 1,80m (6 pés), cabelos lisos, é forte mas não muito musculoso e possui uma voz agradável.
- No final da primeira temporada, ficamos sabendo que RJ construiu uma cabana na floresta. Isso indica que Red John é uma pessoa com muito tempo livre e que, provavelmente, não tem, portanto, um emprego formal. Ele consegue administrar seu tempo como deseja.
- RJ cita parte do poema “The Tiger” de William Blake de cor. Alguns fatos sobre William Blake e o poema que podem ser relevantes: Blake, além de poeta, era pintor e editor de livros. Nunca foi totalmente reconhecido em vida e só hoje em dia o valor de sua obra é apreciado pelos amantes de literatura e de artes em geral. O poema “The Tiger” é um dos mais conhecidos e mais analisados da obra de Blake. Ele possui um poema irmão chamado de “The Lamb” (O Cordeiro), que possui as mesmas idéias, mas como se focasse mais no bem, enquanto o “The Tiger” foca no mal.
- No restaurante com Kristina, Patrick pede “Lamb” (Cordeiro) para comer. Além disso, de algum modo RJ teve acesso à conversa entre Kristina e o Garçom, pois ela usa a expressão “Roll Tide” com ele e depois RJ repete a frase para Jane.
- No episódio “His Red Right Hand”, Red John manipula Rebecca para matar Bosco e a sua equipe. Quando Lisbon assume o caso, ela pede para olhar as fitas de vigilância e lá vemos Rebecca passando com café e alguns segundos depois uma pessoa (provavelmente homem) com boné. Na imagem ainda se pode ver que a pessoa está usando gravata (portanto, provavelmente uma camiseta), segurando um jornal e usando um daqueles casacos corta-vento do tipo policial (provavelmente para ter acesso ao prédio do CBI).
- No final do mesmo episódio vemos um “policial” se aproximar de Rebecca e a envenenar. Provavelmente, era RJ.
- RJ é um exibicionista, ou “showman”, nas palavras de Jane. Nos seus assassinatos a primeira coisa que se vê é sua “assinatura”: o rosto sorrindo pintado de sangue.
- No episódio “Red John’s Footsteps”, a mão de Red John que aparece segurando a xícara é uma mão masculina.
- Red John sabia onde Patrick morava, para poder matar sua mulher e filha.
- No episódio em que RJ salva Patrick, sua voz está alterada de modo a supor que ele usa um modificador de voz ou simplesmente a máscara produziu este efeito.
- Red John matou dezesseis mulheres e oito homens, incluindo a esposa e filha de Patrick Jane.
- RJ se apresentou como Roy Tagliaferro para Rosalind. Tagilaferro, em italiano, significa “Corta ferro”.
- Em “Red John’s Footsteps”, RJ compra um terreno através de uma empresa laranja chamada “Cutiron Properties”. Cutiron, em inglês, é a mesma coisa que Tagliaferro.
O episódio começa mostrando o assassinato de Claire Wolcott. em um SPA do Condado de Napa. Como o seu marido é um político influente, ele mexe uns pauzinhos para que o CBI tome conta do caso, e isso significa, obviamente, que Patrick Jane entra na jogada.
Investigando a cena do crime, o CBI descobre que Claire está nua na cama, no criado mudo há um balde de champanhe com duas taças. Lisbon logo deduz que Claire podia estar tendo um caso, e que isso torna o seu marido, o Sr. Wolcott, o suspeito principal do crime, juntamente com o desconhecido amante. Ainda analisando a cena, o CBI descobre duas cápsulas de bala no chão, e Jane conclui, então, que o assassino não é o amante, pois as cápsulas estavam espalhadas, e um amante mataria a amada de perto. Além disso, ele encontra sangue, que ele presume ser do amante e que, portanto, não poderia, novamente, ser o assassino, pois como ele iria machucar-se a si mesmo?
Patrick e Lisbon segue o rastro de sangue até chegarem a um carro com placa DOC LADY. Ao entrarem em outro quarto, encontra uma mulher na cama com um homem com o braço enfaixado. O homem é Paul Fricke, um mulherengo que gosta de sair com mulheres casadas, e ele assume que dormiu com Claire na noite anterior. Ele explica que fugiu quando acordou e viu a mulher morta ao seu lado. Ainda na conversa, ele confessa que tinha um caderninho onde anotava todas as mulheres com quem tinha saído, um indicativo claro de que ele era um homem orgulhoso e que se gabava de suas conquistas.
Isso intriga Van Pelt e Rigsby, que concordam que Paul é um cara "medonho", mas que mesmo assim consegue pegar muitas mulheres. Quando Rigsby pergunta como isso é possível, Patrick Jane explica que tudo se resume a conhecer a psicologia evolutiva da mulher e usar isso sem medo ou freios. "Você tem que saber que botões apertar", diz ele.
Isso nos introduz a um assunto muito discutido no meio do mentalismo e afins, que é a sedução aplicada a homens que querem se dar bem com mulheres. O termo inglês, talvez mais famoso, para isso é "pick-up" e inclusive alguns reality-shows foram feitos sobre o assunto. Acredito que este seja o ramo do mentalismo mais aberto ao grande público, mas, na minha opinião, também um dos que menos funcionam. Cerca de 90% do que se diz sobre a arte do "pick-up" é mentira ou psicologia barata, que pouco ou nenhum efeito tem na vida real. No entanto, para os interessados no assunto, vou deixar a dica de um livro que é tida como a bíblia do Pick-Up: "Rules of the Game", de Neil Strauss. Desconheço se existe versão traduzida do livro. Reitero que tenho minhas desconfianças quanto a "sistemas para pegar todas as mulheres que você quiser".
Voltando à sede do CBI, a equipe encontra o marido de Claire e Lisbon pede que Cho interrogue-o para obter mais informações. Nada de muito útil é obtido, a não ser o fato de que o marido de Claire conta que sua mulher uma vez demitiu uma funcionária que tinha roubado jóias e também confessa que sabia que a mulher tinha um amante, embora não soubesse quem ele era.
Patrick e Grace vão falar com a funcionária demitida, e ela parece realmente chocada quando Patrick conta que Claire foi morta. Ao andar pelo apartamento, Patrick percebe que a funcionária parece incomodada quando ele chega em uma área do apartamento, como se fosse um jogo de "quente ou frio". Ele pega então o pulso da mulher e é conduzido até uma mesa na qual há uma câmera, com fotos de Paul e Claire datadas de alguns momentos antes de ela ser morta.
Essa jogada que Patrick faz pode ser reproduzida e é um jogo muito interessante. Exige sensibilidade por parte do mentalista, mas dá um efeito impressionante quando feito para alguém. Isso é chamado de "leitura muscular", mas, obviamente, você pode falar que se trata de uma "leitura de mente". Escolha uma pessoa e peça para que ela pense em um objeto que está perto de vocês, sem, no entanto, ir até ele ou falar que objeto é. Uma vez feito isso, existem vários métodos para chegar ao objeto pensado através da leitura muscular. Uma delas é a que Patrick faz, sentindo o pulso da pessoa, que se acelera quando você está mais próximo do objeto e diminui quando você se afasta. Outro jeito, o que eu prefiro usar, é pedir para que a pessoa coloque a mão em sua testa e que vá "mandando mensagens psíquicas para você encontrar o objeto". Feito isso, vá se movendo lentamente e perceba a reação da mão da pessoa na sua testa, inconscientemente ela vai te guiar ao objeto. Quando a mão ficar solta e frouxa, a pessoa está indicando que o objeto está por ali, quando a pessoa enrijecer a mão, pressionando-a contra a sua testa, é como se ela quisesse te impedir de ir por ali, e isso indica que o objeto não está naquela direção. Mexa-se, então, de leve para frente, para os lados e vá reparando na força que a mão da pessoa faz na sua testa. Experimente!
Depois disso, Natalie é interrogada e confessa que ia usar as fotos para chantagear Claire para que retirasse as acusações de roubo contra ela. Enquanto a equipe discute algumas teorias, Patrick sugere que eles voltem à cena do crime, pois algo passou despercebido.
Chegando lá, Patrick investiga as portas da varanda, se fechando por fora e tentando entrar novamente, mas sem sucesso. Depois disso eles vão almoçar e Patrick, satisfeito com sua pesquisa, deixa o local com Rigsby. Através de interrogatórios e desdobramento dos fatos, eles acabam chegando no assassino.
Neste episódio de "The Mentalist" começamos vendo um homem e uma mulher aos amassos, até que a mulher vê um corpo. O CBI é chamado. Nos interrogatórios, descobre-se que um quadro valioso foi roubado e Jane deduz que a vítima pegou o ladrão no flagra e por isso foi morta.
Jane e Van Pelt vão ao estúdio de um suspeito, e acabam descobrindo que o pintor, Rob Wallace, tinha feito duas falsificações do quadro, mais uma terceira que ele deixava para si mesmo. Ele ainda explica para Jane e Van Pelt que em cada falsificação ele coloca alguma marca que a identifique como cópia. No caso do quadro que está no estúdio, trata-se de uma antena de TV desenhada no fundo.
Através de alguns jogos de engano, Jane acaba por descobrir onde está o quadro real e qual foi a motivação para que o assassinato fosse cometido. Infelizmente, do ponto de vista do mentalismo, este é um episódio fraco, sem muitas coisas a explorar.
